27 de abril de 2005

Celular salva homem picado por aranha brasileira

Um chef britânico foi mordido por uma aranha brasileira e só foi salvo porque tinha tirado uma foto do animal com a câmera de seu celular.

Matthew Stevens, que mora em Bridgwater, a pouco mais de 200 km a oeste de Londres, estava limpando o freezer de seu pub, quando foi picado duas vezes por uma aranha.

Stevens tirou uma foto da aranha com a câmera de seu celular para "mostrar aos amigos".

Depois da picada, sua mão começou a inchar e ele passou a sentir fortes dores e tontura, desmaiou e foi levado ao hospital.

Os médicos perceberam a gravidade da situação, mas era preciso identificar o tipo de aranha para saber qual o tratamento.

O chef se lembrou da foto no celular, que foi enviada a especialistas do zoológico de Bristol.

Os especialistas identificaram a aranha como Phoneutria fera, típica do Brasil, popularmente conhecida como aranha da banana ou armadeira.

Livro de recordes
A suspeita é que a aranha tenha chegado ao pub de Stevens em uma caixa de bananas.

"A aranha estava escondida embaixo de um pano e quando eu o apanhei, ela me picou. Era quase do tamanho da palma da minha mão. Eu fui tentar pegá-la e ela me picou novamente. Depois caiu no freezer e ficou paralisada", contou ele ao jornal The Times.

O chef foi levado ao hospital, mas suas condições pioraram enquanto os médicos tentavam fazer o diagnóstico.

"Achei que não ia sobreviver. Meu peito estava tão apertado que eu mal conseguia respirar. Minha pressão estava chegando ao teto e meu coração batia tão forte, que eu conseguia sentir as batidas no peito", contou Stevens ao jornal The Times.

A foto no celular salvou sua vida.

"Só ouvi uns dois casos em que essa aranha foi encontrada na Grã-Bretanha", disse ao jornal o chefe do departamento de invertebrados do zoológico de Bristol, Warren Spencer.

A Phoneutria fera está no Livro Guinness de Recordes como a aranha mais venenosa do mundo, segundo o Times.

Pelo menos 14 pessoas morreram de sua picada desde 1926, mas nenhum caso foi registrado desde 1996, quando cientistas brasileiros desenvolveram um antídoto para o veneno.


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